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Realizado por: Diana Q. T. de Sousa (1999) - Estudo | Col. Privada (Portugal)

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quarta-feira, 4 de julho de 2007

Artigo sobre Publicação e Projectos Digitais de Divulgação

Consideramos que o epicentro do sistema da arte é constituído pelo artista e pela obra de arte. Porém, há vários teóricos que consideram o museu um eixo fundamental, na arte moderna e contemporânea. Depois da II Grande Guerra Mundial, no universo Anglo-Saxónico e na Alemanha surgiram muitos museus. Durante o período entre a emergência e urgência dos Estados Unidos da América foi concebido o MoMA (The Museum of Modern Art). Posteriormente, assistimos ao aparecimento do Centro de Arte Contemporânea (CAC) cujo principal objectivo continua a ser a difusão da arte contemporânea.

O museu de arte contemporânea da Fundação de Serralves funciona como museu e, simultaneamente, como centro de arte contemporânea. Esta é uma situação comum em muitas fundações/organizações internacionais.

Os diferentes tipos de linguagem do século XX criaram vários paradigmas, numa sequência de sucessão. Ao estudar aquilo que para muitos é uma arte de elite – a arte contemporânea –, compreendemos que esta deixa de o ser quando somos confrontados com algumas obras, onde o local é (por vezes) mais importante do que a matéria da obra de arte. O conceito, o lugar e o tempo enformam em alguns casos o que denominamos por obra de arte (por exemplo: a arte de rua, a arte povera, a arte política e a arte digital – art net).

A partir dos anos 80, os artistas começaram a utilizar os media como forma de expressão artística – o modo de utilizar as tecnologias passa pelo modo de trabalhar as imagens. A imagem através da tecnologia pode transpor realidades e espaços (podendo simular ou substituir realidades). A arte e a tecnologia digital complementam-se, porque a realidade que a imagem nos dá é uma referência a qualquer coisa que produzimos ou que foi produzida por alguém, num determinado tempo e espaço (o espaço estabelece com a obra de arte uma relação directa – onde discernimos um discurso presente no qual a realidade compromete-se com espaço envolvente).

Através da tecnologia, a imagem digital é ficção e a sua realidade é construída num espaço virtual (as imagens passam a ser componentes de algo, que é produção e de selecção de património) – a tecnologia fornece-nos novas condições e orientações para compreender o mundo virtual, através da: simulação; interacção; artificialidade; imersão; telepresença; rede de comunicações.

Nesta nova capacidade de integrar um novo espaço e uma nova abordagem, estamos a introduzir o observador no espaço de acção – onde o espaço desmaterializa-se e o observador passa a ser activo em vez de passivo.

A Internet veio contribuir para um melhor acesso à arte contemporânea, disponibilizando grande quantidade de informações, blogs e sites de artistas.

O acto de publicar “algo” é uma partilha do que conhecemos com um outro ente. Todavia, o meio através do qual é processada a informação determina o fim e também a quantidade de receptores que a vão a apreender e quem sabe absorver. Através da publicação digital temos a noção que divulgamos um conhecimento sobre algo que será acessível a um número alargado de pessoas – de quem não sabemos a sua verdadeira identidade nem poderemos esperar com grande sucesso um feed-back. O blog permite o feed-back, mas (como é do conhecimento geral) poucos são os indivíduos que manifestam a sua opinião e formulam questões pertinentes.

Hoje em dia, publicação digital de divulgação de arte contemporânea tem sido uma prática corrente de vários artistas e entidades ligadas ao sistema da arte. Contudo, o fluxo de informação é tão grande, que muitas vezes há dificuldade em discernir quais são os melhores sites dentro dos vários que, por vezes, os motores de busca nos permitem pesquisar.
Por isso, surge a necessidade de selecção dos links de sites relacionados com arte contemporânea.

Muitos dos sites, que temos acesso para visitar, são criados por pessoas que têm interesse mas não são especialistas em arte. A incapacidade de verificação de dados por estes autores (algumas das vezes anónimos) pode contribuir para a formulação de ideias erradas e à formação pessoal de indivíduos que não têm percepção de quão ignóbeis são algumas informações.

Como ainda muitos especialistas de arte contemporânea não divulgam gratuitamente todo ou parte do conhecimento do qual são detentores, devemos recorrer a sites de instituições credíveis que têm técnicos superiores e dirigentes que nos dão segurança daquilo que sabem e nos dão a saber.

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